Poderia, mas pode ser

Eu poderia dizer muitas coisas. Poderia falar do teatro inerentemente real que vivíamos e, provavelmente, ainda vivemos. Poderia falar de nós e de tudo que sentimos e nos fizemos sentir.
Poderia escrever um poema ou uma história para retratar tantos fatos embutidos em cada compartilhar de existência que voluntariamente cedemos e quisemos viver.
Poderia conversar com colegas a respeito, revivenciando cada sensação em cada fonema pronunciado; não seria tão pleno quanto foi, mas ainda resguardaria a essência.
Poderia, também, desviar minha atenção para algo distante desse foco, talvez até mais “produtivo”, vulgarmente dizendo.

Mas, sabe...

Pode ser preguiça, pode ser evitar de trabalhar esse assunto por questões ainda a serem devidamente pensadas, mas certas vezes eu simplesmente sinto um turbilhão fervendo dentro do meu sistema: não quero trabalhá-los ou não me ponho a trabalhá-los?
Por favor, não prenda esse meu complexo apenas a você, tente não ser tão egocêntrico como eu, por mais difícil que seja. Para mim, esse complexo se aplica em todas as circunstâncias.

Acontece que você fez parte de mim. E o passado sempre me pertencerá.

Comentários

  1. O passado pertence, mas continua sendo só passado.

    Great, honey!

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  2. Amay muito. ♥
    Passado tá muito passado, amiga.
    IUHASIUHSAIUHASIUHSA é foda quando a gente vive com algo inerente que a gente odeia.

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