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Mostrando postagens de junho, 2013

Pro texto

Por um pouco mais de educação Por animais bem tratados Por um pouco mais de saúde Por um pouco mais de cuidados Por um pouco mais de tolerância Por um pouco mais de sabedoria Por um pouco mais de escuta Pra nos livrar da apatia Por um pouco mais de crítica Por menos extremismos Por uma política que não interfira na mídia E genuínos sorrisos Por um pouco mais de música, Cinema e um pouco mais de teatro Que de pão e circo Todo mundo já está farto Por mais amor ao país Por um pouco mais de carinho Por menos sangue derramado Pra se livrar do jeitinho Por respeito Pra deixar o rancor de lado Pra não andar na cueca O nosso dinheiro suado Pra não ficar retido nos bolsos De gente que não tá nem aí Que não precisa disso E da nossa cara põe-se a rir Ora vamos, vamos Que isso tudo é só pro texto Mas no fim das contas mesmo É que eu te testo Sabemos o que é certo Mas quantos vão fazer? O que falta é unidade Unidade é poder E não adianta protestar Cada um por um

Meia-noite

Nós crescemos com essa ideia tola de que só o amor romântico pode nos suprir a necessidade de ser feliz. Vivemos tão preocupados em amar outra pessoa, que não lidamos com as nossas próprias fraquezas e nem percebemos em que pedaço paramos de nos mergulhar no outro e viramos esse apanhado de medos, incertezas, mágoas e inseguranças.  Eu tenho medo de ficar só, eu não sei se quero estar nessa posição em que há tanto rancor entre nós que não há mais espaço pra andar de mãos dadas e conversar. A vida vai, nós amadurecemos e seguimos caminhos cada vez mais distantes. Cada um preso nos seus afazeres e daqui a pouco se passaram vários anos e nós vamos nos olhar e pensar nas faltas mais do que nos acertos. Eu tenho medo de me arrepender e tenho medo de que você olhe pra mim e só veja arrependimento. Eu tenho medo de ter criado um mundo em cima de você e me transformado por você numa pessoa que eu não sou pra buscar sermos felizes. Tudo que eu preciso é que você me entenda, só dessa vez. Cad

Como seria

Se eu pudesse, hoje mais do que nunca, eu te deitaria na minha cama e me encostaria no teu peito. Botaria uma música fofa no celular e botava um fone na sua orelha e o outro na minha. E nós ficaríamos quase suspensos, embalados no ritmo da música. Você não pensaria mais em revoltas, protestos, política e golpes de Estado. Eu deixaria pra lá a mania de me angustiar com decisões que eu não tomei ainda. E a gente ia ficar assim, deitados e abraçados, ouvindo alguma voz doce que agradasse a nós dois. E aí você acariciaria meu rosto e me diria o quanto eu sou linda. Eu te beijaria com meu jeito de te querer mais a cada instante e as coisas ficariam bem e o quarto ia se encher de balões, sabe? Pra mim o amor é um balão. É o sopro que enche o coração da gente até ele voar. E você, meu lobo mau, soprou até derrubar cada barreira que eu construí. E pronto, tava lá feito de cimento, uma casa com uma varanda cercando, as janelas de vidro dando pra rua. Dando prum futuro que a gente sempre soube