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It's always here, even when it's not.

Eu podia te dizer que às vezes o que eu mais quero é não ter nenhuma lembrança sua dentro de mim, mas é tarde demais pra isso, então eu passo a desejar nunca ter te conhecido, mas também é tarde demais, então o que eu faço todo santo dia é me livrar do pedacinho seu que acorda comigo de manhã. Você sabe como funciona isso? Todo dia de manhã ter que jogar fora uma porçãozinha do que a gente adora? Não é fácil, não é tranqüilo, então além disso todo dia eu preciso voltar a encontrar tranqüilidade no meu próprio corpo, encontrar conforto na minha própria cabeça, nada disso é simples, e nada disso foi idéia minha. Outro exercício diário é distanciar a sua presença de pequenas coisas que moram dentro de mim; isso é, não achar que você talvez pudesse gostar dessa música, desse parágrafo nesse livro, e de como eu dei risada quando meu cabelo saiu voando no vento. Eu poderia escrever eternamente sobre cada coisinha que eu queria dividir com você, mas ao invés disso vou te contar da minha luta ...

See Ya [Contradições]

Já fiz cartas, bilhetes, cartazes e outdoors pedindo pra você ir embora. Mas acho que bem lá no fundo eu não deixo você ir embora e você não resiste muito, é mais cômodo infernizar minha vida do que ter que ignorar completamente ela, não é mesmo? Se eu já sou parte de você e você de mim, é difícil anular o que já está marcado. Marcou como gado, queimou minhas entranhas e na hora pareceu terrível, mas hoje em dia é praticamente indiferente, ter você em mim ou não, é o mesmo que viver essa vida que eu vivo. Eu não quero te deixar ir completamente porque isso significa deixar uma parte de mim ir junto e isso me perturba bastante, eu sou só eu com as coisas que você incorporou magneticamente em mim, como uma atração quase letal e destrutiva, você só ferra minha vida e eu culpo você até mesmo pelo aquecimento global. Eu te culpo até quando você não tá por perto, porque é mais fácil jogar a responsabilidade em você do que ter que carregar ela com a metade de mim que não é você. Então, ho...

Braços e Sonhos Imobilizados

Eu bem sei que tem um tempo que eu me sinto assim, sabe? Tão impotente diante das minhas próprias ações. Tão incapaz de mudar. Algumas vezes eu fecho os olhos e penso que tudo o que eu desejaria era ter alguém ao meu lado. Não quero uma amizade qualquer, mas a melhor delas. Não um amor qualquer, eu queria um amor dos grandes. Queria, sim, porque não quero mais. Vou permanecer relutante em me entregar inteiramente na mão de alguém. A última vez foi demais pra eu suportar. Eu sei que ninguém se importa com como eu me sinto. Se meu celular toca ou é a Bih, ou minha mãe ou meu pai. Talvez a Taís pra falar de algum trabalho da faculdade, mas em suma são eles. Ninguém vai se importar se eu estiver aqui na frente desse computador afogando as mágoas com a porra da mão doendo e a outra engessada. Ninguém além da minha família, obviamente.   Só por eles eu me mantenho aqui, juro. Se fosse pelos outros eu já tinha morrido. Não estou brincando. Eu sempre sou a panaca que corre...

Não foi uma boa ideia...

- Oiii! - ele atendeu entusiasmado ao ver quem lhe ligava. Ela destetava ele fazer isso. Ela preferia que ele atendesse normalmente, indiferente, senão deprimido até. - Ooi - um rápido clarão surgiu em sua mente e a fez esquecer temporariamente o que ia dizer e o propósito da ligação. Isso sempre acontecia quando ela falava com ele, por isso, preparada, segurava um papel com o que pretendia dizer e teve apenas de vê-lo para se lembrar. - Quanto tempo, né? - ela riu. Tinha que quebrar um pouco do gelo. Quebrar, no mínimo, a superfície da ponta do iceberg que ela sentia consigo mesma nessa situação. - Pois é - ele riu educadamente, mas sem disfarçar a alegria de receber uma ligação. - Tô te ligando pra te explicar uma coisa que li recentemente e acho interessante você saber também, pelos menos ter uma noção - ela tentava ignorar a empolgação dele para não ficar mais nervosa ainda - Lembra de uma vez você sonhou que eu era uma sacerdotisa e uma guerreira? - Sim, claro. Não esqueço... - En...

Verbo amar

- Só sei que nós nos amamos muito… - Porque você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama? - Não, eu falei no passado! - Curioso né? É a mesma conjugação. - Que língua doida! Quer dizer que NÓS estamos condenados a amar para sempre? - E não é o que acontece? Digo, nosso amor nunca acaba, o que acaba são as relações… - Pensar assim me assusta. - Por que? Você acha isso ruim? - É que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais… - Você usou o verbo ‘doer’ ou ‘doar’? [Pausa] - Pois é, também dá no mesmo…

Observando minhas falhas em câmera lenta e o fim se aproximando como numa doce e fúnebre melodia.

É muita coisa na minha cabeça, é como se minha mente mal conseguisse respirar São tantos planos e tanta vertigem. Não sei me identificar nesse espelho. O que diabos eu estou me tornando? Por qual desses caminhos foi que eu vim caminhando? Céus. Você tenta são. Perdição. Perdemos. Pendemos. Sabe o que é olhar em volta e sentir completa, a mente, sozinha? E só estou... Completamente sozinha. Seria muito mais fácil fugir do que te encarar, nesse momento. Por todas as coisas que eu prometi E achei que cumprí-las fosse fácil Mas não é tão simples assim Se você nem olha pra mim Eu sou um ser humano, eu morro de medo É isso o que nos mantém aqui juntos? Uma soma de comodidades e decepções Uma divisão em partes desiguais A gente deveria ser um só, não só mais um. E quem sou eu pra pedir que você mude? Eu mudo, você diria... Ou mudo permaneceria? Acho que eu nunca vou saber Nem não ceder Nem crescer Nem ser Com você.

3:57 a.m. Talvez seja a hora, mas vou fazer um pedido

Mesmo que a gente não fique junto pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.