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Angel

Oi, amor. Queria dizer que eu ainda sinto sua falta, mesmo depois desse tempo todo. Da sua falta de amor próprio, de discordar sempre comigo só pelo prazer de discutir e me ver extremamente brava. Eu queria realmente lhe dizer que eu vou te mandar essa carta para que você leia ao menos um pouco do quanto eu sinto sua falta. E eu sei que isso tá parecendo meio repetitivo, mas é que faz tempo desde a última vez que eu reconheci pra valer sua existência e é estranho dizer que eu sinto sua falta em voz alta, ou em palavras escritas porque à primeira vista parece uma mentira descabida.
(me acompanha ou morre) - Olha, meu bem, nem quero mais saber das suas não-respostas, do seu jeito cínico de quem não entendeu mas é culpado, nem me importo com as outras que você traz pra casa enquanto eu saio pra te tirar da minha cabeça. Mas, por favor, não me abuse, não traga suas coisas, não pendure seus quadros; se for pra me machucar, me machuque de longe que é pra eu não ver. Não esfrega na minha cara minha inaptidão pra te segurar aqui comigo. Chora, maldito. te adoro, t.

Capítulo V - A Jovem Sem Mãos

Um traço característico do Animus é o de ter estatisticamente razão, o que explica por que sucumbimos ao seu atrativo; mas, sobretudo quando é negativo, a infelicidade faz com que não tenha razão na presente situação. Se, por exemplo, dissermos a uma mulher solitária que deveria voltar-se ainda mais para dentro de si mesma, mergulhar na solidão para nela colher suas forças, ela responderá que necessita de relações, de distrações, e que a introversão só agravaria as coisas, pois vive isolada demais. No plano abstrato e racional, isso é absolutamente correto, entretanto, não se aplica a esta determinada situação psíquica. O que é habitualmente verdadeiro, torna-se falso na circunstância, em seu caso individual. Mas não se deve dizer ao Animus que está enganado, porque ele sabe que, de certa forma, tem razão. Deve-se dizer: "Sim, é verdade, mas neste momento preciso a situação não é como você pensa." O Feminino nos Contos de Fadas, de Marie-Louise Von Franz, p. 135. (Coleção Psi...

Yppah Yad'b!

Parabéns, amor, por mais um dia vivendo sem mim. Te desejo toda a felicidade existente no mundo e que você se sinta sempre completo. Completo... e-completo. Parabéns amor, por mais um ano vivendo separado, vivendo sem mim. Desejo que você encontre nela o que não encontrou noutras. Desejo que você encontre nelas o que você mais ama em mim Parabéns, parabéns! Parabéns, amor. Te vi aqui de novo, no pé da minha janela suplicando uma segunda chance E abri minha porta e meu coração pra te acolher, talvez só por hoje ou só o tempo suficiente para que a gente não se mate, não é? Parabéns, amor... V ocê voltou .

I don't mean to bother you, but I'm in distress

Sempre achei curioso as expectativas que a gente cria. Quer dizer, dizer que a gente tem esperanças é uma expressão bem ínfima quando se considera o que realmente acontece dentro de cada um de nós quando confrontados com a possibilidade de algo novo ser criado. Eu digo isso porque sei muito bem, também, o que é se ver frente a uma possibilidade frustrada. Principalmente quando não foi por falta de tentativa. Eu queria ser mais desapegada, eu inclusive gosto de criar essa imagem de menina à frente do meu tempo; a menina que não se importa, a menina auto-suficiente, a menina que carrega aquela parcela saudável de misantropia - a quantidade exata pra ela poder dizer que não precisa de pessoas, ao mesmo tempo que não renega amizades e carinho de gente especial. Mas a verdade é que por mais que eu tente esconder e as pessoas finjam não ver, eu sou tão sozinha quanto qualquer um. Eu sinto saudade de contato e confidências como qualquer um. É aquele velho clichê, hm, smithniano, I am human an...

Butterflies

Eu preciso sentir que você ainda sente. Eu preciso que o seu coração dê um choque no meu, eu preciso saber que seu peito ainda aperta um pouco quando eu vou embora e se espalha como borboletas nas veias quando eu chego.

Nobel

Quer saber? Dane-se o horário e meu cansaço para os afazeres de amanhã, eu preciso desabafar isso de dentro de mim. Estou cansada desse mal-estar toda vez que entro em contato com alguma coisa que me transporta àqueles tempos. Estou cansada de ter que lidar com essa sensação frustrante de perda, porque, afinal, eu não perdi. Eu ganhei. Ganhei um dos momentos que tanto tinha vontade de vivenciar. Minha vontade foi realizada. Ainda assim, eu tenho essa sensação, como se eu tivesse ganhado o Prêmio Nobel e o perdido em algum lugar da minha estante, como se, de alguma maneira, tivessem batido a porta do recinto com tamanha força que, consequentemente, o prêmio tivesse caído por detrás da estante e eu não pudesse mais alcançá-lo para devolver à sua posição. Em seu lugar, ficou uma marca, uma marca empoeirada, que antes era delimitado justamente pelo formato desse prêmio. E eu tenho raiva, senão pura inconformação, quanto a isso, porque toda vez que eu olho para a estante, eu não vejo mais o...