É isso.
Ele se levantou, pois até então estava sentado na cama. Perambulou de um lado ao outro do quarto, a mão fazendo um tour pelo queixo até se escorregar pelo cabelo, enquanto a outra repousava sobre a cintura. O casaco preto e desgastado ainda lhe caía bem; perto da gola estava desfiando. O quarto estava escuro também, as cortinas fechadas, um persistente raio solar tentando atravessar os entulhos empilhados no quarto. Ele pôde ouvir o motor do carro, se aproximava. Estava um pouco distante da curva para adentrar o terreno, mas finalmente chegara ao local. Aquela tarde parecia não acabar, um desses dias ruins que o tempo pára justamente quando não há necessidade alguma para tal. Ele abriu a porta, ela já prestes a bater. De cabelo bagunçado e expressão cansada, ele entregou-lhe um envelope. “É isso? Vim de longe e não vai nem me oferecer um café?”, ela importunou sedutoramente sarcástica. Apoiando o antebraço direito sobre o vão da porta entreaberta, ele fitou-a por um momento equivalent...